2047: esse é o ano em que as mulheres receberão salários iguais aos dos homens se a tendência dos últimos 20 anos for mantida, de acordo com o relatório A distância que nos une: um retrato das desigualdades brasileiras, da Oxfam Brasil. Enquanto eles têm renda média de R$ 1.508, elas ganham R$ 938. Diante deste e de outros fatos, falar sobre equidade de gênero nas empresas é essencial.O tema não é novo: a equidade de gênero ― que é diferente de igualdade, pois se trata de garantir direitos conforme as particularidades de cada indivíduo ― vem sendo discutida há muito tempo nas esferas política, social e econômica. Afinal, além da diferença salarial, as mulheres enfrentam, ainda, outros desafios, como a violência e a falta de representatividade política.Porém, quando se trata da equidade de gênero nas empresas, os resultados não são positivos apenas para as trabalhadoras, mas também para os negócios. Prova disso é que as organizações premiadas pelo GPTW (Great Place to Work) Mulher 2019 tiverem um aumento de faturamento de, em média, 12,2%, índice seis vezes maior do que aquele registrado pelo mercado em geral.Além disso, a equiparação salarial entre homens e mulheres resultaria em benefícios para todo o país. Um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva, por exemplo, mostra que se os salários fossem equiparados ― com a ampliação dos rendimentos das mulheres, sem que os dos homens sofressem redução ― haveria uma injeção de R$ 461 bilhões na economia brasileira.
Quando se trata da equidade de gênero nas empresas, a equiparação salarial é uma ação importante, mas não deve ser a única. A pesquisa Getting to Equal 2018, feita pela empresa global de consultoria Accenture, apontou 40 aspectos culturais dentro das organizações que ajudam no desenvolvimento das mulheres e que trazem benefícios para todos os funcionários.Um exemplo é a transparência em relação às metas sobre diversidade. É necessário que as empresas estipulem e compartilhem os objetivos com toda a equipe e que essa seja uma prioridade para as lideranças. A criação de redes de mulheres, que também podem ser abertas aos homens, é outro modo de desenvolver um espaço para o diálogo internamente.Além disso, encorajar os homens a tirarem licença paternidade e oferecer oportunidades para que os colaboradores evitem viagens corporativas para lugares distantes ou para que trabalhem de casa quando têm um compromisso são medidas eficientes. Principalmente levando em conta que as mulheres cumprem dupla ou tripla jornada e, muitas vezes, têm sua carreira prejudicada quando se tornam mães e não contam com essa flexibilidade.
Atentas ao panorama da desigualdade de gênero no país, organizações e empresas têm se unido para modificar esse cenário no meio corporativo. Um exemplo é o WEPs (Women’s Empowerment Principles ou, em português, Princípios de Empoderamento das Mulheres), programa lançado pela ONU Mulheres em parceria com o Pacto Global das Nações Unidas.A iniciativa pretende estimular o compromisso de empresas de diversos portes e segmentos com as políticas de gênero, realizando eventos, promovendo debates e incentivando essas organizações com prêmios. A Valorem, inclusive, recebeu menção honrosa pelo seu trabalho em busca da equidade de gênero entre as corporações de médio porte no Prêmio WEPs Brasil 2016. Os sete princípios dessa iniciativa também podem ajudar a sua empresa a garantir essa equidade no seu ambiente de trabalho e garantir benefícios para toda a equipe. Conheça quais são, conforme a ONU Mulheres:
Com base nesses princípios, você também pode contribuir para que esse movimento ganhe força e, ainda, trazer resultados positivos para o seu empreendimento. Por isso, conheça as iniciativas, reflita sobre as medidas que você pode tomar e coloque as ações em prática para promover a equidade e a diversidade no seu negócio! Com certeza, você só tem a ganhar!Por fim, se você tem alguma dúvida, opinião ou experiência sobre o assunto, deixe seu comentário para que possamos ampliar esse debate!